Crescimento: Especialista em Endocrinologia e Metabologia Detalha Aspectos do Crescimento
- eHealth Latin America
- 13 de fev. de 2017
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A frase é da Dra. Sâmara Nunes de Oliveira especialista em endocrinologia. Segundo ela, as características genéticas (altura dos pais, irmãos) além dos fatores já citados interferem no crescimento das crianças. "A estatura final é fruto de uma relação complexa e imprevisível que nenhuma fórmula conseguiu prever", afirma a especialista acrescentando que a curiosidade dos pais em relação ao crescimento e altura que os filhos terão quando adultos é grande, vindo, às vezes, acompanhada de dúvidas e angústias. "É neste momento que são levados ao consultório médico para que sofram uma avaliação a fim de saber se suas crianças são normais". A endocrinologista ressalta que ocorre uma variação ampla do que é considerado normal, levando-se em conta os fatores hereditários e ambientais. Cabe ao médico orientar e tranqüilizar os pais e as crianças. Avaliação A avaliação da criança que é levada ao consultório com queixa de baixa estatura inclui: cuidadosa história clínica, abrangendo história da gravidez, do parto, altura e peso da criança ao nascimento; revisão da alimentação e dos hábitos de vida incluindo a prática de atividades físicas; altura dos familiares; avaliação do ambiente social da criança (familiar, escolar e etc); Na avaliação clínica são feitas: medidas de peso e altura que devem ser seqüenciais para que seja determinada a velocidade de crescimento – índice mais sensível do processo de crescimento do que uma medida isolada. Também é feita a avaliação laboratorial com: exames solicitados conforme suspeitas do médico de algumas patologias (anemia, doenças renais, do trato digestivo e/ou doenças endócrinas – hormônios). E por último, avaliação radiológica feita através da radiografia da mão para se precisar a idade óssea. Isto permite “medir” a reserva de crescimento da criança, segundo a médica. “Como causas de baixa estatura, podemos citar as não endócrinas – atraso constitucional, baixa estatura familiar, síndromes com baixa estatura, doenças crônicas – e as causas endócrinas: deficiência de hormônio de crescimento e hipotireoidismo, entre outras. De acordo com a especialista, é importante que se faça o diagnóstico, rapidamente, iniciando o tratamento o quanto antes, garantindo que a estatura final alcance o seu melhor potencial.” Algumas doenças crônicas como infecções respiratórias, doenças intestinais e anemias podem prejudicar o crescimento normal, mas assim que o problema é tratado, as crianças voltam a se desenvolver e recuperar o ‘tempo’ perdido”. Hábitos A correção de hábitos alimentares com a adoção de uma alimentação equilibrada – incluindo carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais – e o estímulo à prática de exercícios físicos garantem, na maioria das vezes, o desenvolvimento saudável da criança. “De fundamental importância ao falarmos em desenvolvimento, é a avaliação da puberdade, que reúne os eventos biológicos da adolescência relacionada ao crescimento físico e maturação sexual”, continua a especialista afirmando que é na puberdade que ocorre a fase de aceleração do crescimento físico com o aumento da velocidade de crescimento: fase do estirão, ocorrendo segundo dados gerais da literatura entre 9 ½ e 14 anos nas meninas e 10 ½ e 15 anos nos meninos. Segundo a especialista, a sociedade parece considerar a baixa estatura como um obstáculo para o sucesso pessoal. "A idéia do ‘mais alto’, do ‘mais forte’ pode trazer também a idéia do ‘melhor’ ou do ‘superior’. Isto explica o desejo dos pais terem filhos altos para que se garantam melhores oportunidades para o sucesso profissional, econômico ou social". Por isso devemos ficar atentos para a figura principal de nossa avaliação, "a criança / adolescente", desmistificando esta idéia, apoiando e orientando valores "não mensuráveis esteticamente" como educação e respeito, ensina a endocrinologista.
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